Wallpaper Renault Logan e Sandero 2013
Agora sim, foi feito o lançamento oficial da linha que já aparecia no configurador online da marca desde alguns dias atrás. As fotos já indicam que as alterações não envolvem a parte de estilo, porque na verdade a área que precisava de atenção era outra. A Renault focou em melhorar o custo/benefício de sua linha de compactos porque as últimas novidades no segmento vêm representando uma ofensiva cada vez maior da concorrência. Uma notícia ótima é que esta defesa contou com amplos trabalhos da filial brasileira.
A massiva presença de Logan e Sandero nas ruas do país mostra que nosso mercado lhes deu excelente recepção. O sedã chegou primeiro, sem negar em momento algum suas raízes de baixo custo, cuja combinação de farto espaço e preço baixo lhe trouxe favoritismo entre os taxistas. Algum tempo depois veio o hatchback, com projeto nacional, mas quiseram deixar com ele todo o apelo emocional, de forma que mais tarde foi ele quem começou a ganhar a maioria das edições limitadas e das versões especiais. Entretanto, não se pode negar que os dois já passaram de meia década de mercado e do primeiro face-lift, então a estratégia de mercado precisa mudar. Já existem projetos avançados para a nova geração dos dois na Europa, onde deverão manter a marca Dacia, então a geração atual passa a se basear em aspectos mais racionais para manter números de vendas satisfatórios. O Sandero, por exemplo, possivelmente já teve a série Rip Curl esgotada, mas ganhou a série GT Line renovada e agora como versão permanente, como se pode ler neste link.
Em um trabalho completamente realizado pela Renault Tecnologia Américas (RTA), central de engenharia instalada no Brasil, o retrabalho feito no motor, antes chamado de Hi-Torque, consumiu 36 meses de trabalho e sete mil horas de testes em laboratório, além do uso de quarenta protótipos. Agora chamado de Hi-Power, ele ganhou maior taxa de compressão, teve a central eletrônica mais avançada e várias de suas peças foram trocadas ou melhoradas, num total de 51 que inclui um quinto bico injetor, bielas forjadas de aço e pistões mais modernos. Mantendo as oito válvulas, ele passa a gerar potência e torque de 98 cv e 14,5 kgfm com gasolina, e 105 cv e 15,5 kgfm com álcool – segundo a marca, 85% do torque está disponível a partir das 1.500 rpm. Ainda de acordo com cada combustível, isso lhe permite aceleração de 0 a 100 km/h e velocidade máxima de 11s8 e 172 km/h e 11s2 e 174 km/h, respectivamente. O câmbio de cinco marchas é o mesmo, mas teve a relação de marchas alterada para privilegiar o consumo. Agora, entre as versões de Sandero e Logan que usam motor 1.6, apenas as equipadas com câmbio automático rodam com o 1.6 16v.
A tal preocupação com o custo/benefício se traduziu em alguns equipamentos a mais. A versão Authentique 1.0 16v (R$ 26.450 para o Logan, R$ 27.030 para o Sandero) ganhou o Pack Plus de série, que trazia amenidades como calotas e desembaçador traseiro. Já a versão Expression soma o Pack Conforto, e este sim é generoso: agora vêm de série ar-condicionado, computador de bordo, direção hidráulica e vidros dianteiros e travas elétricos, tanto com motor 1.0 (R$ 31.770 e R$ 32.610) como com o novo 1.6 (R$ 35.480 e R$ 35.930) – o Sandero nesta também ganha novas rodas de liga leve. A mesma versão faz o topo da linha do Logan, com câmbio automático por R$ 39.230, mas o caso do Sandero teve novidades: sua versão Privilège custa 38.470, mas ela perdeu a opção do câmbio automático – com o perdão do trocadilho, este privilégio passa a se restringir à versão Stepway, que com ele custa R$ 41.760 mas usando o manual fica em R$ 40.660. Já a versão GT Line fica nos R$ 38.470, como já se podia configurar pela internet.
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